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Heart
quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Parte Cinco - As Leis da Igreja

Após três dias Noah acordara de seu coma, sua ferida agora começava a cicatrizar. Ele estava só em um imenso quarto, as janelas se encontravam fechadas, Noah tinha uma remota lembrança de onde estava e apenas uma imagem se fixara em sua cabeça como em um agradavel sonho, uma imagem constante de uma bela jovem de quem ele o nome nem saberia pronunciar. Levantou-se lentamente sentindo-se zonzo e abriu as janelas para respirar melhor. Sentiu alguem tocar lhe os ombros, seria o anjo que lhe salvara?
- Verch? me acompanhe.
Noah virou-se para encontrar a face do dono das mãos pesadas que lhe tocavam. Era o Padre de que todos temiam, que viajava por todas as vilas e aldeias atras de desertores ao comando do Bispo Frederik Estridsen, ele o encontrara, e seu anjo seria acusada junto por ter lhe oferecido abrigo, onde ela estava?
- o acompanharei, Excelentíssimo, mas antes preciso saber se a bela jovem dona deste quarto se encontra bem.
Havia homens fardados atrás do Padre Erik Hellige que tentava manter-se sério mas em seus olhos brilhavam as chamas da vitoria, a força que lhe envadia quando sabia que estava cumprindo as leis da igreja, ele se sentia orgulhoso de seu cargo e feliz por ter espiões tão leais, a ponto de denunciar familias da alta sociedade como os Lewinsky, ele devia muito a todos os doutores famintos por terras e o grandioso capital da igreja. Não havia escapatoria, Noah repetia a si mesmo que se esforçaria o maximo para se manter vivo por ela, por seu anjo.
- deve entender que causou um grande mal a vida da jovem Lucilly ao lhe pedir ajuda, deveria saber que nada escapa o Excelentissimo Bispo Frederik Estridsen, que está a sua espera pronto para lhe punir. Apesar de termos hérois como nosso grandioso Furriel, a escoria que foge de nossos campos de batalha é de se admirar, todos covardes, nunca esperei muito de você soldado Verch, como não esperei de seu desonroso pai, temos uma patria a defender, não apenas nossas peles. Levem-no.

Não adiantaria tentar fugir. Erik Hellige, Noah conhecia bem aquele nome, o jovem Padre que possuia quase a sua idade, que perseguia e matava quase todos os desertores, ele possuia espiões em todos os lugares, em todas as familias, ninguem negaria o ajudar, por medo e por honra.

Ao sairem do casarão Noah a viu, bela e triste sendo carregada por um dos homens fardados em um cavalo. Ela parecia chorar, mas Noah nunca teria certeza, ela esticou a mão para ele mas o cavalo em que estava agora disparava. Um capuz negro agora cobria a cabeça de Noah, assim como suas mãos estavam presas por um corda. Doi homens pegaram Noah pelos braços e o atacarom no fundo de uma carroça velha, junto a aves mortas, o fedor era intenso e seu estomago se retorcia de ansia. Sua cabeça batia agora constantemente na madeira da carroça devido as tortuosas estradas de terra. O que aconteceria a Lucilly? ele desejava ensandecido que ninguem a tocasse, que ninguem a corrompesse. Ele iria atras dela, descobriria para onde a levaram e fugiria com ela. Ela o amaria com o tempo, ele não forçaria nada, apenas desejava sentir seu calor, e admirar seus olhos, tocar seus cabelos, e quem sabe um dia ela retribuiria também todo o carinho, caso ela não o odiasse por ter a colocado naquela situaçao. Noah decidiu que vingaria o sofrimento da jovem Lucilly, o seu proprio e de seu pai. Seu pai que não saia da cama desde a ultima grande guerra. Ele se vingaria de Erik, o padre maldito.

Lucilly se sentia violentada e machucada, suas maos agora presas por a de um homem duas vezes maior que ela doiam. Sua lagrimas secaram devido a nevasca que agora caia. Eles parariam em um casebre qualquer a beira da estrada, ela queria fugir. Após torturos minutos cavalgando junto ao imenso homem um casebre atravessou o caminho do Padre e de sua guarda, a pequena e velha porta começa a ser encoberta pela neve. O homem que a carregava a pegou no colo e a levou até o silencioso lugar.

O casabre não estava vazio, Lucilly notou tristemente que se tratava de um orfanato, milhares de crianças pequenas se agrupavam perto de uma lareira, uma senhora coberta por uma manta levantava de sua cadeira de balanço e caminhava até o Padre. Ela parecia assustada, suas maos tremiam compulsivamente.
- A que devo sua visita Excelentíssimo? - ela parecia terrivelmente insegura.
- A senhora nos deve abrigo durante essa forte nevasca. - O Bisco era grosseiro e seco.
- Mas e as crianças onde vão dormir Padre? - Lucilly quase gritou mas contivera suas palavras. O homem que a segurava lhe deu um tapa no rosto.
- Nunca se dirija ao Excelentissimo senhor apenas de Padre. - O gigantesco homem esbravejou. Erik levantou a mão para o guarda sem o olhar, na intenção de o calar.
- As crianças dormirão bem no chão proximo a lareira. - a senhora forçou um sorriso, há algumas camas disponiveis nos quartos dos fundos, sinto lhe dizer que deverao dividir os quartos, possuo apenas dois.
- Meus servos dormiram bem no que lhes servir. - Sem olhar novamente para a senhora o Padre se encaminhou para o quarto visivel no fim do corredor e se trancou.

A senhora voltou para sua cadeira de balanço, podia se ver o sofrimento nos olhos de cada criança presente naquele espaço, todas encaravam Lucilly. O homem que cuidava dela a pegou pelo braço e a levou para o outro quarto vazio, mandou a deitar no chão, encima de um tapete.
- onde está o soldado? - Lucilly se atreveu a perguntar.
- Noah Verch? o desertor? - o homem cuspiu ao dizer.
- Noah... sim ele, onde se encontra nessa forte nevasca?
- no mesmo lugar onde veio, na carroça junto a nossas aves e lá irá ficar, não seria um grande problema se ele morresse agora, o Excelentissimo Bispo nos perdoaria, um a menos, soube que ele não gosta de sujar as mãos.
Lucilly cuspiu diretamente nos olhos do homem, que lhe esbofeteou como castigo.
- vá dormir com aquelas crianças sebosas e inmundas, saia imediatamente daqui, e lhe aviso... se fugir será sua morte, a encontrarei onde estiver.

Lucilly se sentiu aliviada e correu até onde se encontravam as crianças. A senhora parecia dormir, Lucilly caminhou lentamente até a porta e a abriu, correu pela nevasca a procura da tal carroça das aves. Depois de alguns minutos procurando cegamente a encontrou, coberta por um manto. Ela teve que prender a respiraçao, o cheiro era fortissimo, cutucou com o indicador o unico corpo que se encontrava ali, todo encolhido e sujo de sangue.
- Noah! Noah Verch! - Lucilly tentou gritar mas o ar gelado lhe queimou a garganta.
- Lucilly? - Noah fraco tentou levantar-se, Lucilly tirou-lhe o capuz do rosto, ele estava abatido, seu ferimento ainda estava em processo de cicatrizaçao, ela temia por sua vida. - Lucilly vá embora.
- não posso, sinto que é meu dever lhe proteger! - Lucilly arrancava desesperadamente a corda que prendia as mãos de Noah.
- Lucilly fuja! lhe peço! lhe imploro! não deixem que a toquem, mantenhasse pura, fuja! - Noah pulou da carroça e empurrava Lucilly para a lateral do casebre. Havia um pouco de água proxima a carroça e ele usou aquela agua suja para limpar um pouco o rosto, suas roupas estavam piores, sujas de sangue, o capuz havia lhe livrado do sangue e das penas no rosto. Lucilly secou o rosto de Noah com as mangas de seu vestido branco agora encardido. Noah a tomou nos braços, lhe beijou a face fria pelo vento, Lucilly fechou os olhos e pensou em Leon.
- Noah... corra, fuja e procure Leon. Leon! você sabera quem ele é no momento em que o ver! - Lucilly se afastou de Noah e começou a se encaminhar em direçao da porta do casebre.
- Leon? Lucilly volte! fuja comigo! - Noah foi até ela e lhe beijou os labios fervorasamente. - fique comigo, lhe imploro!
- Leon... procure por Leon ele está em Zervinsk, lembre-se do meu rosto! - após sentenciar correu para dentro do casebre.

Noah atordoado observou a porta que se fechava. Leon? ele não conhecia ninguém com esse nome, Zervinsk era longe da li, a cidade congelante, todos que partiam para lá perdiam o coraçao, mas o seu estaria seguro com Lucilly, se sentia extremamente grato por ela não o odiar por tudo que fez em tao pouco tempo. Montou um dos cavalos da guarda do Bispo Frederik e partiu rumo a Zervinsk. Ele encontraria Leon, seja ele quem for, acreditava que ele a levaria de volta a Lucilly, e os dois fugiriam para algum lugar longe dali.

Lucilly respirou fundo ao entrar no casebre e caminhou até a lareira, muita das crianças dormiam no chão outras apenas estavam sentadas olhando pela janela, agora escura pela noite. Lucilly gostaria de ver a Lua, mas não ousaria levantar-se, em algum momento os guardas levantariam e viriam até ela, desejava fortemente que o motivo fosse apenas para dormir com eles, e não para a punir pela fulga de Noah. Lucilly manteria-se alerta pelo resto da noite.

1 comentários:

Unknown disse...

oi chuchu! só li a parte 1 e a 2... mas por falta de disposição... pq achei mto bom!

e vi no twitter que vc quer ajuda pra corrigir. se ainda estiver precisando. eu me disponho... agora vou voltar pra prudente. e vou ficar uma semana sem fazer mta coisa... se precisa. eu leio e vou corrigindo!!! com o maior prazer!
beijao!!!!

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